Semana passada, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) fez a identificação de fraudes em 45 marcas de azeites coletadas ao longo dos dois últimos anos (2015 e 2016). A apuração marca que dos 38,7% de lotes identificados com problemas, 79% marcam irregularidades referentes à qualidade do produto, ou seja, essa alta porcentagem foi acusada como irregular por possuir qualidade baixa.
O comunicado enviado pelo Mapa na última semana diz que o maior problema encontrado nos produtos avaliados foi o uso de óleo vegetal com azeite lampante, cuja extração é feita de azeitonas inaptas para uso, ou seja, extraído de azeitonas deterioradas que não são aptas para consumo. Dentre as empresas apuradas, algumas faziam o comércio do produto como azeite de oliva puro, quando na verdade o produto era composto de 85% de óleo de soja e 15% de azeite lampante (impróprio para alimentação). Além dessa, outra infração encontrada foi o fato de o produto estar fora da sua tipagem, não atendendo os limites ditados pela Anvisa.
Algumas marcas muito conhecidas apresentaram irregularidades. Carrefour, Oliveirinha, Figueira da Foz, Olivenza, Conde de Torre e Borgel, são algumas delas. A lista completa com todas as marcas desaprovadas pode ser encontrada no link disponibilizado pelo Ministério, apresentado neste site.
Em contrapartida, algumas outras marcas estão em conformidade com as normas estabelecidas. Entre elas encontram-se: Gallo, Andorinha, Apolo, Belo Porto, Borges, Olivetto, Cocinero, entre outros. A lista completa dos nomes das marcas aprovadas pode ser visualizada aqui.
Os maiores lotes fora de conformidade com a Norma Legal, foram encontrados na cidade de São Paulo, Santa Catarina, Distrito Federal e Paraná, onde está localizada a maioria das empresas que fazem o envasamento do produto. Foram analisadas, no total, 279 amostras presentes em 214 lotes diferentes, coletadas no Distrito Federal e em mais 12 estados. 140 marcas foram analisadas nesse processo.
Mês passado (março) a Proteste acusou fraude por parte das marcas Figueira da Foz, Tradição, Torre de Quintela, Lisboa e Pramesa, desclassificando-as na análise do Ministério por alegarem a venda de azeite na condição de extravirgem enquanto entregavam azeite não extravirgem, já que havia na composição apenas sementes oleaginosas.
Carolina B.
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