Um dos temperos mais tradicionais, descoberto e utilizado há milênios, difundido por todas as culturas na humanidade, é o azeite.
Este condimento está entre os mais valorizados em toda culinária, internacionalmente. Entretanto, na atualidade, apesar da imensa acessibilidade de informações, ainda é escasso, por parte do consumidor, o conhecimento sobre o processo de refino da matéria prima do azeite, desde as colheitas de azeitonas nas grandes plantações até o produto final, quando o azeite engarrafado é colocado prateleiras dos comércios.
Existem problemas sobre a autenticidade do azeite produzido, que os consumidores precisam saber, e isso pode custar a saúde de muita gente. Diversos especialistas do próprio Conselho Oleícola Internacional, que é um órgão que regula o comércio de produtos por meio de monitoramento sobre uma ampla série de propriedades químicas e também organolépticas que são aferidas via rigorosos testes de qualidade e fidelidade à origem do produto.
Entretanto, mesmo com o intenso controle de qualidade, as ações fraudulentas seguem. Alguns tópicos auxiliam os consumidores a verificar a qualidade do azeite que têm diante de si. A diretora técnica do departamento da Escola Superior de Azeite, a ESAO, na Espanha, descreve cinco importantes e úteis recomendações para que os consumidores possam estar mais conscientes no momento de escolher um produto deste tipo.
A – Muito importante verificar se a marca de azeite que o consumidor deseja adquirir ou possui, além do título, um sobrenome que complete o mesmo. Por exemplo, indicações no rótulo da embalagem que apresentem os seguintes termos: "virgem"; "extra" ou "extra-virgem". Neste caso, certamente se trata de produto original e de boa qualidade, porém, se não houver informações que explicitem a origem e a composição, certamente o consumidor estará diante de uma mistura de má qualidade.
B – O consumidor deverá verificar no rótulo, também, dados sobre a data na qual as azeitonas foram colhidas e preparadas. Portanto, se a embalagem do produto contém todas as informações, em detalhes, isto indica que a companhia produtora possui certa credibilidade.
É claro que a data da colheita precisa ser a mais recente, ou seja, quanto mais recente melhor. Todo consumidor deve, portanto, verificar tanto a data de validade quanto a data de processamento do produto. A embalagem precisa conter, de certa forma, dados históricos do produto, para que o cliente saiba o que está levando para casa.
C – Todo consumidor deve verificar a garrafinha de azeite quais os tipo de azeitonas, de onde derivou o óleo produzido. Existe a possibilidade de o mesmo ser de origem monovarietal, ou seja, de variedade única, ou se tratar de um produto derivado de misturas de variedades distintas de azeitonas.
Nos dois casos acima, a qualidade poderá ser boa. Portanto, o que mais importa, essencialmente, está na composição produzida, que pode levar um tipo ou mais de azeitonas. Se existe uma mistura (indevida) de outras fontes de gordura vegetal, ou óleo vegetal de outras procedências.
D – Todo consumidor deve verificar o valor de mercado do azeite virgem ou de tipo extra virgem, que deverá estar em uma faixa de preço razoável, ou seja, nem muito caro, nem muito barato. Se o valor for muito baixo, cuidado! Toda produção de azeite de qualidade tem um bom custo. Se o valor for baixo, na venda, evite comprar. Compre um mais caro, porém, munido de toda a ficha técnica acima descrita.
E – Todo consumidor deve efetuar, também, mais um tipo de verificação (que infelizmente não pode ser realizada sem se abrir a tampa do gargalo, portanto, somente após a aquisição): conferir a qualidade do aroma. O azeite virgem, puro ou extra deverão exalar aromas que evoquem os da natureza, como de frutas; de grama; de flores. Todo cheiro forte, desagradável, pode indicar a má qualidade e risco para a saúde.
Paulo Henrique dos Santos
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