Não faz muito tempo que, até mesmo nos meios científicos, não se enxergava no apêndice uma função de suma importância para o funcionamento do organismo. Muitos pesquisadores, após sérios estudos, chegaram à conclusão de que ele era apenas “um algo que ficou em nosso corpo”, como símbolo dos rastros evolutivos por qual o homem passou. Mas como uma das tônicas da ciência é sempre seguir estudando e fazendo novas descobertas, com o objetivo de prolongar a vida e melhorar a qualidade dela para as pessoas, se descobriu que o apêndice tem um papel importante para livrar o homem de doenças de alta gravidade.
Os australianos, junto com os franceses, desenvolveram um estudo que, por meio de uma séria pesquisa envolvendo observação, descobriram que o apêndice tem a capacidade de fazer com que bactérias habitem o sistema digestivo, para elas elevem a capacidade imunológica desse sistema, permitindo a prevenção de enfermidades. Traduzindo para uma linguagem popular mais distanciada dos meios acadêmicos, é como se o apêndice criasse uma espécie de condomínios de bactérias dentro do sistema gástrico, que funcionam como verdadeiros seguranças que impedem agentes criadores de doença alcançarem o órgão. Com isso, teve de ser revista a conceituação de que o apêndice para nada mais servia, a não ser para o que o seu próprio nome arremetia – funcionar como um anexo sem muita utilidade para o bem-estar do corpo humano.
O apêndice é rico em linfócitos inatos, agentes super competentes que barram micro-organismos oportunos que caso atinjam o estômago ou qualquer outra parte gástrica, pode causar doenças fatais. No entanto, é preciso ir ao médico, se cuidar e evitar que esses linfócitos pifem, pois se isso ocorrer o apêndice vai sofrer inflamação e começará a doer.
É por causa do apêndice e dos seus habitantes, também conhecidos como “bactérias do bem”, que o sistema digestivo não é atingido frequentemente por intoxicação alimentar.
Para arrematar a importância do apêndice, é importante acrescentar que se ele estiver em perfeito funcionamento, irão prevenir um dos processos cirúrgicos mais estranhos, porém necessários, como exemplo do transplante de fezes. Sim. Vocês sabia que há esse tipo de transplante? E que ele é feito em extremo caso para proporcionar a recuperação da flora intestinal de uma pessoa? No entanto, se o apêndice estiver atuando no corpo humano com sua plena função vital, não será preciso se recorrer a esse transplante, já que o próprio apêndice irá prevenir que o corpo chegue a esse ponto.
Por meio dos estudos dos microbiologistas franceses e australianos, caiu por terra a velha e agora mais que ultrapassada teoria de que o apêndice só servia de enfeite para o organismo, passando ser visto como item essencial na prevenção de doenças infecciosas.
Por Michelle de Oliveira
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