Presente principalmente nos salgadinhos industrializados, macarrão instantâneo, molhos, entre outros produtos alimentícios e também conhecido por estar muito presente na cozinha oriental, o glutamato monossódio é um dos ingredientes dessas especiarias que é considerado um dos vilões da alimentação pelos nutricionistas.
O glutamato é muito comum em muitos produtos, principalmente industrializados, sendo um aditivo com a capacidade de realçar os sabores. Segundo descoberta do químico japonês Kikunae Ikeda, em 1908, a substância é o sal mais estável formado a partir do ácido glutâmico. O aditivo é capaz de provocar a sensação no paladar chamada de umami. O sabor é associado ao sabor da carne, no entanto, é diferente dos gostos salgado, amargo e azedo que são típicos de outros alimentos. O glutamato é um aminoácido comum em uma grande variedade de alimentos, como queijo parmesão, tomate, leite materno, cogumelos secos e molho de soja.
A origem do glutamato monossódico está em um dos aminoácidos mais abundantes presente na natureza, o ácido glutâmico. Apesar de ser reconhecida muitas vezes por produzir gastronomia saudável, a origem do produto foi na gastronomia oriental e hoje está presente em muitos produtos industrializados.
No cérebro o aditivo pode funcionar como um neurotransmisssor, levando à agitação extrema, além da elevação dos níveis de estresse. De acordo com especialistas, é capaz de causar dores de cabeça, alterar comportamento, causar enjoos e piorar casos de euforia excessiva, entre outros danos.
O glutamato monossódio ficou conhecido em 1968 e um artigo escrito pelo médico Robert Ho Man Kwok, na revista New England Journal of Medicine, na qual fez uma reflexão sobre as possíveis causas de sintomas que ele sentia nas vezes que fazia suas refeições em restaurantes chineses nos Estados Unidos. Ele constatou que não seria o molho de soja, já que usava o ingrediente na sua casa e não sentia os mesmos efeitos. Então salientou que poderia ser o glutamato de sódio, que é usado como tempero nesses restaurantes. A partir daí a tese foi se espalhando no meio acadêmico, o que deu origem a inúmeros estudos científicos e livros.
Segundo estudo do Departamento de Psiquiatria, da Washington University, no estado do Missouri, realizado em 1969 por John W. Olney, o glutamato monossódico tem efeitos como a necrose nauronal aguda em várias regiões do cérebro, incluindo o hipotálamo. Na época, foram realizados testes em camundongos recém nascidos. Os animais testados apresentaram obesidade acentuada, problemas no desenvolvimento esquelético e esterelidade feminina.
Levando em consideração aos estudos realizados, o frequente consumo de alimentos carregados do aditivo pode levar, a longo prazo, a danos a saúde muito graves. As pessoas que exageram na ingestão de produtos com o aditivo, ou que apresentam sensibilidade, podem sofrer alterações na memória, no comportamento,nos movimentos, nas sensações e na cognição.
O agravante ainda é que muitos desses produtos, além da presença do glutamato monossódio, ainda se desfavorece com a presença de conservantes e a falta de nutrientes. Nutricionista alertam que na hora de comprar os produtos é importante ficar atento as substâncias que estão presentes nos produtos descritos nos rótulo e ter uma noção da quantidade que está ingerindo na alimentação diária.
O aditivo é legalizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no entanto, a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) faz o alerta sobre os males causados pelo consumo da substância. Segundo a Pro Teste, nos EUA, por exemplo, conforme dados da FDA (Food and Drug Administration) um adulto daquele país consome uma média de 13 gramas do aditivo por dia na ingestão de proteínas. No Brasil não existe informações pontuais sobre o consumo do aditivo.
Adoniran Peres
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