A voz humana constitui um instrumento fundamental para todos nós, pois a comunicação se dá, sobretudo, por ela, na vida profissional, na vida social, além de ser o primeiro instrumento da música, universalmente falando.
Entretanto, grande parte das pessoas, em todo o mundo, tende a negligenciar ou até desconhece os cuidados necessários para com a voz, e não se dão conta das consequências dos efeitos negativos resultantes de excessos sobre voz.
Nossa voz se produz na laringe por meio de vibração de nossas pregas vocais, as quais efetuam movimento a partir do fluxo de ar que sobre dos pulmões via expiração. É simples e eficiente.
Dessa vibração resulta um som modificado, personalizado, por assim dizer, sendo articulado pela garganta, pela boca, pelo nariz e nos seios da face, expressando a nossa fala tal como a conhecemos em nossa rotina. Por isso quando estamos gripados, resfriados, com as vias aéreas congestionadas, nariz, ouvidos, nossas vozes se tornam anasaladas. Entretanto, como podemos saber se estamos com um problema em nossas cordas vocais? Não é difícil saber, já que qualquer interferência na vibração das cordas vocais é sinal de algum problema, tais como:
A rouquidão; a tosse; alteração no timbre; muito pigarro; dores ou cansaço no falar.
Todos esses sinais, ou sintomas, correspondem a variadas crises, dependendo do grau e da duração. Os problemas de maior frequência estão ligados à rouquidão ou alguma alteração na voz, podendo ser de três tipos: uma infecção; uma alteração benigna ou até maligna.
Laringite: é a mais comum, decorrente de infecção viral ou bacteriana que invade a laringe e as cordas vocais. Está ligada a sintomas de gripe e (ou) resfriados, dores de cabeça, obstrução nasal, presença de coriza e a tosse. Se assim for, se resolve em poucos dias.
Nódulos, cistos ou pólipos: essas são as alterações benignas na voz, podendo ser nódulos, ou calos vocais; os pólipos ou cistos sobre as pregas vocais. Nesse caso a pessoa tem rouquidão prolongada ou permanente, por forçar muito a garganta ou por problema congênito.
Câncer de garganta: neste caso é um problema de tumor maligno que acomete as pregas vocais, ou demais parte da laringe. Nesse caso, a rouquidão é muito mais intensa e prolongada, apresentando dor na fala e no engolir; surgimento de gânglios no pescoço. Tumor maligno na laringe é muito mais frequente nas pessoas tabagistas, podendo ser agravado pelo alcoolismo, como dois grandes fatores de risco.
Se a rouquidão não curar em 30 dias é melhor buscar um diagnóstico profissional. Voz rouca é normal em uma parcela da humanidade, porém, é melhor cuidar, pois, mesmo que não se trate de tumor, a qualidade da voz pode ser perder com o tempo, assim como sua eficácia.
Evitar gritos ou falas altas; falar no tom normal da voz que se tem; nada de cochichar demais; disciplinar a fala, expressando-se de modo pausado e na melhor articulação das palavras; largue o cigarro; evitar muitas bebidas gasosas ou os alimentos que causem má digestão; largue o álcool; evita conversar ao longo dos exercícios físicos; quando está gripado ou afetado por crise alérgica; efetue pausas de modo a repousar a sua voz durante o serviço; beber muita água, sobretudo em temperatura ambiente; não pigarrear excessivamente; evitar os ambientes com muita poeira, mofo ou fortes odores.
Vale a pena cuidar de nossa preciosidade, nossa expressão pessoal, a nossa voz.
Paulo Henrique dos Santos
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