Segundo a Organização para Economia, Cooperação e Desenvolvimento (OECD), o consumo de carne por brasileiro no ano passado foi de 51,7% de aves (40,3 kg), 32,7% de carne bovina (25,5 kg) e apenas 15,6% de carne suína (12,2kgs). Os preços envolvidos e a idéia de menos gordura no frango podem ter contribuído com isso, mas você sabe escolher a melhor opção dessa culinária?
Vamos começar falando do frango, já que mais da metade dos brasileiros consumiram mais essa proteína animal, que, aliás, é por volta das 27gramas de gordura, a cada 100 gramas da carne branca.
O corte do peito do frango é muito cobiçado por quem está atrás de baixa quantidade de gordura, sendo muito útil para pessoas que estão fazendo regime ou se precavendo dos quilinhos a mais. Muito utilizado em lanches e em strogonoff, a parte do peito da ave acaba não sendo tão suculenta quanto a coxa e a sobrecoxa, deixando esse corte mais “gorduroso” para as pessoas com outro gosto.
O frango, em especial o peito, tem proteína de alto valor biológico, contendo todos os aminoácidos essenciais para as nossas necessidades orgânicas. Essa opção culinária oferece vitaminas do complexo B, é rico em ferro, selênio e fósforo.
O tipo de preparo pode influenciar nos nutrientes, não só do frango, mas de qualquer alimento, principalmente quando temos muita caloria e aquela queimadinha acontece. Cuidado com isso!
A verdade é que o frango pode ser assado inteiro, frito numa porção de bar e até a parte da carcaça, (costas e costela) pescoço, pé e miúdos, são ótimos para uma sopa. Particularmente, no interior, já comi ensopado de cabeça de galinha, mas aquelas caipiras criadas no “terrero”.
Um detalhe para uma receita bem nutritiva, o pé de frango, cozido, ele oferece muito tutano e colágeno. Para temperar, muitas pessoas usam alho, ervas e condimentos variados, depende muito da região de preparo, mas o gengibre, com moderação, pode surpreender.
Vamos agora para a carne vermelha, em especial, a bovina. Por incrível que pareça, uma mesma parte do boi, ou vaca, tem mais de um tipo de corte e preparo. Como é o caso da costela, apesar de ser uma carne mais dura do que muitas tradicionais em churrascos, quem aí já não comeu a famosa “costela gaúcha”, “costela no bafo” ou “vaca atolada”?
Na parte nutritiva, vou começar falando da “L-carnitina”, onde estudos mostram uma redução de 27% na mortalidade de pessoas com insuficiência cardíaca que consumiram carne bovina. Para quem tem diabetes do tipo 2, a L-carnitina melhora os níveis de glicemia quando a pessoa está em jejum. Essa substância que contém na carne vermelha ajuda até na perda de peso.
A carne bovina fornece ainda glutathione, cálcio, cobre, ferro, magnésio, manganês, potássio, fósforo, selênio, zinco, vitaminas e vários aminoácidos.
Para temperar, alguns cortes pedem apenas sal grosso, outras, cada pessoa e região de preparo, irão decidir.
Basicamente, somente o coro não é comestível, pois da língua ao rabo, podemos achar receitas!
Em terceiro, o porco! Hoje, ele está bem mais magro que antes, pois a preocupação com os seus males, como é o caso do colesterol, fizeram com que autoridades criassem normas para baixar as taxas maléficas.
O mito do suíno não ser uma boa opção para o consumo, está caindo depois que foram mostrados os benefícios do seu consumo. Ele possui todos os nove aminoácidos que precisamos para crescer e manter o nosso corpo saudável, vitaminas do complexo B, tiamina, selênio, zinco, niacina, glicina, fósforo, ferro, magnésio, potássio, riboflavina, creatina, taurina, glutationa, colágeno e até o chamado “colesterol bom”. Alguns estudos até falam sobre usar a gordura animal no lugar do óleo vegetal, igual naquele nosso interior, onde a banha do porco fica em latas, junto com pedaços de carne fritas por ela.
A versatilidade do suíno é tão grande, que até a tripa tem mais de uma serventia, comer frita, ou usar com embutidos.
Para temperar vale a regra pessoal já mencionada antes, mas você já experimentou usar alecrim?
E então, já decidiu qual dos três vai para a mesa?
Ótimo, agora só faltam os acompanhamentos e “mão na massa”.
Saladas de verduras ou legumes, aquele arroz branco, para quem bebe vinho, tinto para boi e porco e branco para o frango, e o do tipo seco é o recomendado pelos especialistas.
Aqui não foi mencionado o ovo, frutos do mar e peixes, mas também devem ser pensados.
Do mais, tirando algumas pessoas que não comem carne animal, bom apetite!
Por Fernando Dias
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