Quem faz dieta, seja por problemas na saúde ou por questões de estética, sabe que existem muitas receitas de emagrecimento, muitas delas bastante polêmicas. Outras parecem até mesmo milagrosas. Mas a verdade é que uma dieta não é algo tão simples e é preciso muita disciplina e persistência para conseguir mantê-la e assim atingir o resultado esperado. Uma dieta que já faz um tempo que vem sendo muito discutida é a do “jejum intermitente”. Muitas celebridades já disseram fazer o jejum e conseguiram bons resultados. Em contrapartida, há quem condene essa prática. Porém, um recente estudo apontou que o jejum intermitente pode ajudar na redução da gordura no pâncreas, que é um agente contribuidor do diabetes tipo 2.
Desde que surgiu a prática do jejum intermitente, uma grande polêmica se formou. Muitas pesquisas apontam seus benefícios enquanto que outras apontam os seus riscos para a saúde.
Contudo, uma novidade em relação a este assunto acaba de surgir. Trata-se de um estudo realizado com ratos e que de acordo com o resultado final, os roedores que foram submetidos ao jejum tiveram uma considerável redução de gordura no pâncreas, revelando que esse pode ser o maior benefício do jejum, uma vez que essa gorduraque pode se alojar no pâncreas é responsável pela diabetes tipo 2.
Essa pesquisa teve sua publicação no jornal científico Metabolism e de acordo com seus idealizadores há um mecanismo que faz com que a gordura que se acumula no pâncreas possa vir a contribuir para o aparecimento do diabetes de tipo 2, logo, a redução desta gordura se torna benéfica para a prevenção da doença, o que comprova a funcionalidade do jejum intermitente.
A equipe de pesquisadores descobriu que os roedores que possuiam excesso de peso e por isso eram mais propensos a diabetes, possuem um elevado acúmulo de células adiposas localizadas no pâncreas. Dessa forma, os cientistas dividiram os animais que possuiam excesso de peso, os mais propensos a diabetes, em dois grupos: o primeiro grupo podia comer de tudo, a qualquer momento. Já o segundo foi submetido ao regime do jejum intermitente, ou seja, recebiam ração de forma ilimitada em um dia, e no outro dia ficavam sem comer nada.
Depois de cinco semanas, foi possível observar que os pâncreas dos ratos apresentavam diferenças.O primeiro grupo, que comia de tudo, continuou com gordura no pâncreas. Já o grupo submetido ao jejum intermitente perdeu a gordura existente no organismo.
De acordo com Tim Schulz, um dos responsáveis pela realização da pesquisa, os dados obtidos sugerem que não somente a gordura hepática pode ser reduzida como prevenção do diabetes tipo 2. Ele afirma que de acordo com algumas condições genéticas, o acúmulo dessa gordura no pâncreas pode possuir um papel determinante no desenvolvimento do diabetes de tipo 2. Para o especialista, a dieta de jejum intermitente pode ser vista como uma abordagem terapêutica muito promissora no futuro, uma vez que trata-se de um método que não é invasivo, é fácil de ser realizado no dia a dia e o que também é muito importante, não precisa de remédios.
Para quem não conhece o jejum intermitente, trata-se de uma forma de dieta em que a pessoa se alimenta de forma livre por um determinado número de horas e depois passa o mesmo tanto de horas sem comer nada. Ele pode ser feito em períodos de 12 horas, 16 horas e há quem faça até mesmo em períodos de 24 horas.
Contudo, é preciso cautela na hora de escolher a melhor forma de realização do jejum. Por isso, é importante ser acompanhado por um profissional como nutricionista, nutrólogo ou endocrinologista. Assim, os riscos serão melhor avaliados e os resultados poderão ser sentidos com mais rapidez.
Sirlene
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