Coronavírus faz com que 60% dos brasileiros tenham medo de perder o emprego

Estamos quase chegando ao final de mais um ano, mas este podemos dizer que foi totalmente diferente dos outros anos já passados. Afinal, desde a segunda quinzena do mês de março estamos enfrentando um problema nunca antes vivido no Brasil, a tão temida pandemia do Novo Coronavírus.

Desde então, a vida dos brasileiros não foi mais a mesma, as escolas pararam, os clubes, as baladas, além de comércios e até mesmo algumas indústrias que por um tempo encerraram suas atividades. Essa nova configuração gerou nos brasileiros muita insegurança, em vários aspectos.

Primeiro, a questão da saúde, pois a COVID-19 já fez milhares de vítimas e em outro plano, não menos importante, a questão financeira, diminuição de renda e até mesmo a perda do trabalho.

Um estudo foi recentemente realizado e nele constatou-se que a cada 10 trabalhadores do Brasil 6 pessoas temem ficar sem seus empregos no próximo ano. A pesquisa foi feita pelo IPSOS, depois de um pedido de parte do FEM, que é o Fórum Econômico Mundial.

Segundo as informações a pesquisa se valeu da opinião de 12 mil pessoas, que são trabalhadores de 27 países. Assim, deste total de pessoas foi apurado que 54% temem ficar desempregados nos meses que seguem.

O Brasil que é um dos países pesquisados ficou entre as 10 nações com maior número de trabalhadores que possuem esse temor. África do Sul e Brasil ficaram empatados em 9º lugar.

Na liderança do ranking temos a Rússia, país cuja maior parte dos trabalhadores apresentam esse receio. O que totaliza 75% de seus trabalhadores. Em segundo lugar temos os trabalhadores espanhóis que em 73% de sua totalidade também estão temerosos em ficar desempregados. Por sua vez, Suécia e Alemanha ficaram com os últimos lugares, sendo Suécia com 30 e Alemanha com 26%, o que demonstra uma certa tranquilidade de seus trabalhadores.

O Brasil possui 63% do total de trabalhadores que possuem o temor do desemprego. Assumindo assim a posição após o Chile que 66% e é seguido da Argentina que ficou com 60%.

Se considerarmos o nível da preocupação dos brasileiros, apresentamos a 3ª proporção maior dos trabalhadores que é de 32%, que em entrevistam disseram estar realmente bastante preocupados em relação ao temor de demissão, sendo seguido de Espanha e Rússia, com 39% e 33% respectivamente.

Dessa forma, a cada 10 brasileiros 3 estão bastante apreensivos, com medo de ficarem sem os seus postos de trabalho.

Em contrapartida, 15 % dos trabalhadores do Brasil estão se sentindo seguros e não se preocupam com a questão de possibilidade de desemprego. Já na Alemanha e Suécia 35% de seus trabalhadores também não estão preocupados com isso.

O FEM por meio desta pesquisa concluiu que este temor em parte dos trabalhadores surgiu pelo fato de que nesta pandemia, com o isolamento social, os serviços que fazem uso de IA- Inteligência Artificial e Automação foram utilizados em uma maior proporção. Muitos trabalhos que antes eram feitos por pessoas, passaram a ser feitos por meios tecnológicos, o que gera uma sensação de substituição de mão de obra. O que pode ser o início de uma tendência.

Do total de 27 países que fizeram parte da pesquisa, Espanha , Peru e México possuem o maior número de trabalhadores que se dispõem a aprender novas habilidades e que creem que podem trabalhar juntamente com essas novas tecnologias. Japão, Suécia e Rússia já possuem trabalhadores que não apostam na requalificação profissional.

Enfim, é certo que mesmo essa pandemia sendo superada, a vida não será mais a mesma. A humanidade já está e terá que se adaptar mis, abrindo espaço para coisas novas, mas o trabalho humano, por mais tecnologia que exista, não pode ser totalmente substituído e aqueles que estiveram dispostos a renovar e aprender novas habilidades terão maiores chances de se manterem empregados.

Por Siir Montes

Quer deixar um comentário?

Seu e-mail não será publicado Campos obrigatórios estão marcados*

The field is required.

Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.

Política de Cookies