O sedentarismo já esteve associado a diversos tipos de doenças que afetam milhares de pessoas todos os anos. Com o passar do tempo, e alguns estudos observacionais, a condição também foi associada com o aumento do risco de câncer de mama. Entretanto, um novo estudo, com uma nova metodologia, comprovou que as evidências são maiores e mais fortes em relacionar as duas doenças.
Sendo assim, os resultados desse novo estudo, publicado recentemente no British Journal of Sports Medicine, revelam que existe uma maior probabilidade em reduzir o risco de câncer de mama, em pacientes que praticam atividade física de forma mais vigorosa e intensa e reduzem a vida sedentária.
“Aumentar as atividades físicas e reduzir o sedentarismo já são medidas recomendadas para a prevenção do câncer. Nosso estudo traz mais evidências de que essas alterações de comportamento provavelmente reduzem a incidência de câncer de mama no futuro", afirmou a Dra. Suzanne C. Dixon-Suen, Ph.D., afiliada ao Cancer Council Victoria, na Austrália, e seus colaboradores, em nome do Breast Cancer Association Consortium (BCAC) do Reino Unido.
É altamente recomendado pelos médicos que os pacientes realizem algum tipo de prática de exercício para diminuir o sedentarismo e consequentemente os riscos de câncer de mama. De acordo com a Dra Suzanne C. Dixon-Suen, uma das responsáveis pelo estudo, as evidências de incidência de câncer de mama sofreram alterações com o comportamento ativo.
Além disso, novos pesquisadores também analisaram outros pacientes com amostragem para testes genéticos e suas variantes e os indicadores foram indiretos para mostrar os níveis da prática de exercícios e do sedentarismo ao longo da vida.
De acordo com a equipe, os pacientes com predisposição genética, mas que tiveram níveis de atividades mais altos, passaram a ter um risco de desenvolver câncer de mama 41% menor. Já com atividades físicas rigorosas (3 ou mais vezes por semana), o risco passou a ser de 38% menor em período de pré menopausa.
Em contrapartida, em pacientes em condição de sedentarismo, se mostraram geneticamente, 77% mais propensos ao risco de ter câncer de mama. Inclusive do tipo triplo negativo, onde o risco foi maior ainda, chegando a 104%.
Os estágios que foram encontrados no estudo, foram consistentes e pertencendo a todos os tipos de câncer. Contudo, aparentemente há mais efeitos em pessoas que praticam o tabagismo ou se encontram acima do peso.
Os pesquisadores realizaram a análise em cerca de 130.957 mulheres com ascendência europeia. Do total, 69.938 tinham câncer invasivo, sendo 6.667 tumor in sito e 54,452 pertenciam ao grupo controle, sem o câncer. Desse grupo sem câncer, 23.999 mulheres estavam no período pré menopausa com câncer invasivo, e 17.686 na mesma condição, porém sem câncer de mama. Além disso, 45.839 mulheres do estudo já estavam na menopausa com câncer, e outras 36.766 no mesmo período, mas sem câncer.
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