O que pensar quando falamos em Dieta Crudívura? Exatamente o que o nome propõe. Nada mais é do que a ingestão de alimentos crus ou aquecido no máximo a 40 graus.
Esse plano alimentar conquistou alguns ocidentais em meados dos anos 90. Conhecida por ser, além de, uma forma de estilo de vida, é adotada por algumas religiões, por quem busca uma alimentação mais natural e sustentável possível e por alguns povos indígenas também.
Por falarmos de alimentos crus, algumas medidas devem ser tomadas com mais cautela, como por exemplo a higiene, que deve ser redobrada para que não ocorra a possibilidade de infecções por micro-organismos que encontramos em vegetais. E também quando mencionamos a ingestão de proteína animal que, neste caso, quando é feita, é consumida apenas em sua forma crua e também a ingestão de tubérculos e leguminosas que é afetada.
Alguns desses riscos são a deficiência de alguns nutrientes, algumas vitaminas como a vitamina D e vitamina B12, proteínas e níveis de ferro, que são mais difíceis obter através de alimentos crus. Nesse tipo de plano alimentar, é essencial que seja acompanhado de perto por profissionais como médicos e nutricionistas para que não acarrete em nenhum problema de saúde mais agravado.
A parte boa da Dieta Crudívora é que ela acaba evitando a perda de micronutrientes presentes em verduras, legumes e frutas e mantém ativas as enzimas encontradas em alimentos. E também, falamos de uma dieta sustentável quando pensamos em meio ambiente. Outro fator positivo é que quem segue, acaba deixando de lado itens como farinhas, alimentos ultraprocessados e açúcares, os grandes vilões da balança e até mesmo da própria saúde.
A seguir vamos listar alguns itens que compõem as dietas crudívoras para ilustrar o cenário. Frutas in natura, legumes e verduras totalmente cruas; as oleaginosas, como castanhas e amêndoas cruas (não devendo ser torradas) e nozes. Os óleos contamos com o azeite de oliva e o de coco que são prensados a frio.
A "raw food”, outro nome que se dá a essa prática, tem como grande base a dieta vegetariana ou até mesmo vegana, apenas algumas pessoas incorporam a ingestão de proteínas animal, como carne ou peixe, ovos e laticínios como o leite. Porém esses itens precisam ser totalmente crus ou que não passaram por nenhum tipo de pasteurização. O máximo que pode ocorrer é que eles sejam aquecidos a 40º.
Alguns itens como os do grupo da batata, precisam ser cozidos para melhor digestão, porém, alguns grupos apenas ralam esses alimentos e os consomem na sua forma crua. Mas o calor é que faz facilitar o processo digestório depois de ingerido. Fica o alerta para cozinhar esses produtos com casca, pois assim preserva mais os nutrientes presentes neles.
Ainda sim vale ressaltar que alguns alimentos como por exemplo o feijão, quando aquecido, contribui para enfraquecer antinutrientes como os filatos que prejudicam a absorção de nutrientes.
Os adeptos se baseiam em estudos que comprovam realmente que a maioria das hortaliças e frutas cruas possuem mais nutrientes do que quando processadas. A grande quantidade de fibras presente, além de promover saciedade, contribuem para o funcionamento do processo digestório.
Para termos alguma ideia de como formar um plano alimentar apenas com itens crus, vamos a um exemplo.
No café da manhã temos um copo de leite de amêndoas, abacate e aveia; no lanche da manhã, contamos com uma banana, duas ameixas e três castanhas. No almoço, que é a refeição que normalmente se ingere mais quantidade de calorias, temos arroz de couve flor, feijão germinado, salada crua que pode conter alface, rúcula, tomate, pepino, farinha de linhaça e frutas. O lanche da tarde temos a opção de frutas e aveia. Além desses alimentos, é considerado também a grande variedade de cogumelos existentes.
Como todo plano alimentar, se faz necessário o acompanhamento de profissionais da área.
Karin Cristina Cubas
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